Não dormi nem um segundo após a boa noticia. Estava tão
animada pelo fato de Joe poder voltar pra vida, voltar pra nós. A esperança que
eu tinha que ele ficaria bem triplicou em apenas algumas horas. Depois que o
médico deixou a sala de espera, a família Jonas se abraçou e eu os abracei
também. Kevin deu a idéia de irmos até a casa da família para podermos
descansar melhor, já que Joe poderá receber visitas só amanha à tarde. Todos
concordaram e fomos caminhando lentamente até a saída do hospital.
-Bom, eu vou ficando por aqui. – Disse, olhando em direção
ao caminho que eu seguiria até casa.
-Não Dem, venha conosco- Insistiu Denise.
-Não acho que seja uma boa idéia. Meus pais ficarão
preocupados e amanhã cedo preciso começar procurar uma nova casa...
-Como assim? – Perguntou Paul sorrindo.
-Eu passei na Universidade de Nova Iorque. Preciso começar
me organizar. - sorri levemente
-Parabéns querida! – Denise me abraçou
-Obrigada!
- É uma pena que você e Joe irão seguir caminhos tão
diferentes. Ele em Londres, você em Nova Iorque.. – Kevin disse
-É. Mas a gente se vira. A gente cresce. Afinal, ele precisa
aprender pegar um vôo sozinho e ir me ver.- Todos riram ao lembra que Joseph
sempre foi atrapalhado em aeroportos e odiava voar sozinho.- Bom, então até
amanhã. – Me virei e comecei andar.
-Demi, você acha mesmo que vou deixar você ir pra sua casa
sozinha a essa hora? Já são quase 4 horas da manha. Venha, te dou uma carona. –
Disse Kevin
Paul e Denise já estavam saindo em outro carro. Ficaria mais
confortável se eles tivessem me oferecido a carona. Acho que Joe não gostaria
de me ver em um carro com seu irmão a essa hora, mas como eu estava realmente
com medo de ir sozinha, acabei aceitando.
Ele me deixou em casa e me esperou entrar. Obvio que não
entrei pela porta da frente. Foi difícil, mas consegui escalar a arvore e
chegar até meu quarto. Joguei minha mochila no chão e caí na cama. Olhei para o
criado e vi uma foto antiga minha e de Joe, sorri ao imaginar o futuro
brilhante que terá aquele garoto e ele ainda nem sabe, mas logo tudo vai mudar.
Dormi com o coração aliviado e um pouco mais leve. Estava feliz.
Acordei com minha mãe batendo na porta do meu quarto, os
raios de sol passavam pela arvore e iluminavam meu quarto.
-Demetria, você está aí? – batia na porta freneticamente
enquanto gritava do lado de fora.
Me levantei e tirei a roupa rapidamente, seria estranho ela
me ver de jeans e tênis já que eu passei
a noite “em casa”. Joguei o jeans e o tenis embaixo da cama e vesti o pijama
mais próximo de mim.
- Demetria? Abra a porta!! – Gritava
Abri a porta
- Por Deus, menina. O que foi que aconteceu com você?- Ela
me encarou
-Eu tomei uns remédios e dormi.
-Remédios pra que?- Olhou ao redor do meu quarto
- Estava com dores de cabeça.
- Já era de se esperar, você nem jantou. E Ainda dormiu com
essa janela aberta? – Foi até a janela e a fechou.
-Eu estou bem, mãe!
-Bom, eu e seu pai estamos indo. Temos uns negócios para
resolver e provavelmente demoraremos mais que o habitual.
-Posso saber o motivo?- perguntei mesmo não estando
interessada em saber.
-Vamos ficar alguns dias na Russia e se tudo der certo,
vamos tirar umas férias no México. Queria que você pudesse ir- me abraçou.
- Eu prefiro ficar. Tenho que encontrar um apartamento em
Nova Iorque e enviar toda papelada pra Universidade.
-Fique á vontade para escolher o apartamento ideal para
você. Seu pai e eu depositaremos uma maior quantia para esses fins e para você
passar os dias enquanto estivermos fora.- beijou-me a testa
-OK. Boa viagem.- ela sorriu para mim, colocou uma mecha de
meu cabelo atrás da minha orelha e saiu do quarto.
Ouvi toda correria dos dois, as malas descendo as escadas, o
porta-malas do carro sendo fechado e por fim, o carro deixando a casa. Senti um
certo alivio, poderia ver Joseph tranquilamente. Olhei no relógio e ainda eram
09hrs da manhã, dormi pouco porém o suficiente para não me sentir cansada.
Tomei café da manha e subi para meu quarto para pesquisar algumas republicas ou
apartamentos individuais em Nova Iorque.
É obvio que eu dei mais atenção á apartamentos. Nunca fui
uma garota sociável, sempre preferi a calmaria a badalação. Sinceramente, acho
que nunca tive amigas de verdade para ir ao shopping, para falar de maquiagem,
dormir uma na casa da outra etc, então tenho certeza de que não me adaptarei
bem em republicas festejas e garotas gritando por causa de uma abelha.
Depois de muita procura, selecionei 4 apartamentos aos
redores do campus da faculdade. Amplos, bem separados e com uma vista
maravilhosa. O aluguel era caro, mas nada que fugisse do orçamento dos meus
pais. Quero um apartamento que caiba minha família, Joseph e sua família quando
forem me visitar, que tenha espaço para meus livros, que seja aconchegante nos
dias frios e arejados nos dias mais quentes. Salvei os 4 e deixei de lado por
um tempo.
Era hora de separar a documentação para a inscrição
burocrática da universidade. Separei os documentos que estavam descritos no
site, preenchi os formulários online e na hora de enviar: SURPRESA. Não havia
opções de enviar online. Achei que fosse algum problema com o site, então
liguei no numero disponível .
- Universidade
Estadual de Direito de Nova Iorque, bom dia.
- Bom dia. Bem, eu fui
aceita mas não consigo enviar o formulário online. Acho que o site está com algum
problema. Pode me passar algum email ?
-Infelizmente não,
senhorita. A matrícula deverá ser feita pessoalmente no campus II da faculdade
até a próxima semana, caso contrario, a vaga será cedida a outro candidato.
- O que? Não posso ir
a Nova Iorque.
- Sinto muito,
senhorita. Posso disponibilizar sua vaga?
-Não!
- Em que mais posso
ajuda-la?
- Em mais nada.
Obrigada
Desliguei.
Como eu vou para Nova Iorque? Como irei sozinha?
Se bem que seria bom. Poderia conhecer os apartamentos,
esfriar a cabeça. Comecei pesquisar valores de passagens aéreas e o saldo da
minha conta bancaria. Felizmente meus pais já haviam depositado minha mesada e
mais dinheiro como minha mãe havia dito. Feito. Irei a Nova Iorque. Comprei
passagem para amanhã a tarde e reservei um quarto de hotel. Entrei em contato
com os responsáveis pelos apartamentos e marquei uma visita.
Guardei os documentos em uma pasta para levá-los a faculdade
amanhã. Separei algumas roupas e coloquei na mala, já deixei tudo arrumado.
Olhei no relógio e já eram quase 13hrs, estava faminta.
Tomei o café da manha e fui me arrumar para ver Joseph.
Saí de casa faltando 10 min para o incio do horário de
visitas. Quando cheguei, seus pais já estavam no quarto.
-Boa tarde! – eu disse sorrindo
-Boa tarde Dem!
Me dirigi até Joseph e beijei-lhe a testa. Ainda estava
cheio de aparelhos e pálido.
-Como ele está?
-Estável. Mas teve muita febre a noite, terá que receber
sangue, e a nova tomografia indicou um possível coagulo cerebral. Precisamos
aguardar o resultado dos novos exames para termos certeza.
Ah não, outra vez não.
-Mas tenho certeza de que ele ficará bem.- disse a mãe de
Joe sorrindo para mim e pegando em sua mao.
-Vamos querida, acho que a Demi quer ficar um pouco sozinha
com Joseph- Disse Paul, puxando a esposa.
Eles saíram e fecharam a porta. Olhei para Joe, com a barba
grande, unhas grandes, cabelo grande, pálido e ainda assim, tão lindo. Sentei
na poltrona a seu lado e segurei sua mão.
-Olá meu lindo. Que susto você nos deu hem- sorri- mas sei
que tudo ficará bem, você é um rapaz forte, de corpo e de alma. – nesse momento
senti uma leve movimentação do seu dedo anelar, mas não dei muita bola, são
espasmos- Ontem não consegui te contar, mas quero que saiba que eu consegui,
passei na Universidade de direito de Nova Iorque. – Mais um espasmo, mas dessa
vez foi mais forte, sorri.-Vou entender isso como aquele sorriso lindo que você
daria se estivesse acordado.
Dei um beijo em sua mão.
-Joseph, eu preciso que você agüente. Preciso que você volte
para nós. Nós precisamos de você. Sei que devo ter te pedido isso milhares de
vezes nesse tempo todo em que você esteve aqui mas entenda agora como uma
súplica. Não agüento mais ficar sem você, sem suas mensagens, sem ir tomar
aquele sorvete horrível de pistache que você tanto gosta...- lagrimas
escorriam- Sinto falta do seu abraço..
Encostei meu rosto em seu braço gélido e imóvel por alguns
instantes até conseguir me recompor, levantei a cabeça.
-Eu vou a Nova Iorque amanha fazer minha matricula e
procurar um apartamento. Queria tanto que você fosse comigo, seria tudo tão mais
fácil. Por favor Joe, não nos deixe e nem apronte nada enquanto eu estiver
fora.
Fui dar um beijo na bochecha de Joe, mas com a proximidade
de nossos lábios, beijar sua bochecha era quase impossível. Quase que inevitavelmente
o beijei . Ele era meu melhor amigo, aquilo estava errado mas sua boca era tão
macia que não conseguia desgrudar nossos lábios. Uma péssima ocasião para o
primeiro beijo, mas meu coração palpitava mais forte a cada segundo ali.
-Desculpe Joe!
Saí correndo de lá, Kevin tentou me acompanhar mas eu
precisava ficar sozinha. Aquilo foi estranhamente bom mas completamente
errado..
CONTINUA..
Adorando, posta logo, bjs!
ResponderExcluirEu estou amando a fic e pelo amor de Deus posta logo ❤😚
ResponderExcluirAmando sua fic,muito interessante,joe precisa acordar logoo
ResponderExcluirParabéns pelo blog e posta logo rs
Tá d+++
ResponderExcluirPosta logo
beijo jemiiiiiiiiiiii ♥
ResponderExcluirfiquei feliz com isso. ♥
joe PRE-CI-SA acordar logo ♥
mds ♥
poxta logo guria
adorei seu blog,espero que continue postando,vou acompanhar e atualizar sempre 😊
ResponderExcluirPS:tem como você divulgar meu blog?Se não tiver sem problemas,mas se você conseguir eu ficarei muito agradecida 😊
continua logo pelo amor de deus
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