sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Capítulo 5

Não dormi nem um segundo após a boa noticia. Estava tão animada pelo fato de Joe poder voltar pra vida, voltar pra nós. A esperança que eu tinha que ele ficaria bem triplicou em apenas algumas horas. Depois que o médico deixou a sala de espera, a família Jonas se abraçou e eu os abracei também. Kevin deu a idéia de irmos até a casa da família para podermos descansar melhor, já que Joe poderá receber visitas só amanha à tarde. Todos concordaram e fomos caminhando lentamente até a saída do hospital.
-Bom, eu vou ficando por aqui. – Disse, olhando em direção ao caminho que eu seguiria até casa.
-Não Dem, venha conosco- Insistiu Denise.
-Não acho que seja uma boa idéia. Meus pais ficarão preocupados e amanhã cedo preciso começar procurar uma nova casa...
-Como assim? – Perguntou Paul sorrindo.
-Eu passei na Universidade de Nova Iorque. Preciso começar me organizar. - sorri levemente
-Parabéns querida! – Denise me abraçou
-Obrigada!
- É uma pena que você e Joe irão seguir caminhos tão diferentes. Ele em Londres, você em Nova Iorque.. – Kevin disse
-É. Mas a gente se vira. A gente cresce. Afinal, ele precisa aprender pegar um vôo sozinho e ir me ver.- Todos riram ao lembra que Joseph sempre foi atrapalhado em aeroportos e odiava voar sozinho.- Bom, então até amanhã. – Me virei e comecei andar.
-Demi, você acha mesmo que vou deixar você ir pra sua casa sozinha a essa hora? Já são quase 4 horas da manha. Venha, te dou uma carona. – Disse Kevin
Paul e Denise já estavam saindo em outro carro. Ficaria mais confortável se eles tivessem me oferecido a carona. Acho que Joe não gostaria de me ver em um carro com seu irmão a essa hora, mas como eu estava realmente com medo de ir sozinha, acabei aceitando.
Ele me deixou em casa e me esperou entrar. Obvio que não entrei pela porta da frente. Foi difícil, mas consegui escalar a arvore e chegar até meu quarto. Joguei minha mochila no chão e caí na cama. Olhei para o criado e vi uma foto antiga minha e de Joe, sorri ao imaginar o futuro brilhante que terá aquele garoto e ele ainda nem sabe, mas logo tudo vai mudar. Dormi com o coração aliviado e um pouco mais leve. Estava feliz.

Acordei com minha mãe batendo na porta do meu quarto, os raios de sol passavam pela arvore e iluminavam meu quarto.
-Demetria, você está aí? – batia na porta freneticamente enquanto gritava do lado de fora.
Me levantei e tirei a roupa rapidamente, seria estranho ela me ver de jeans  e tênis já que eu passei a noite “em casa”. Joguei o jeans e o tenis embaixo da cama e vesti o pijama mais próximo de mim.
- Demetria? Abra a porta!! – Gritava
Abri a porta
- Por Deus, menina. O que foi que aconteceu com você?- Ela me encarou
-Eu tomei uns remédios e dormi.
-Remédios pra que?- Olhou ao redor do meu quarto
- Estava com dores de cabeça.
- Já era de se esperar, você nem jantou. E Ainda dormiu com essa janela aberta? – Foi até a janela e a fechou.
-Eu estou bem, mãe!
-Bom, eu e seu pai estamos indo. Temos uns negócios para resolver e provavelmente demoraremos mais que o habitual.
-Posso saber o motivo?- perguntei mesmo não estando interessada em saber.
-Vamos ficar alguns dias na Russia e se tudo der certo, vamos tirar umas férias no México. Queria que você pudesse ir- me abraçou.
- Eu prefiro ficar. Tenho que encontrar um apartamento em Nova Iorque e enviar toda papelada pra Universidade.
-Fique á vontade para escolher o apartamento ideal para você. Seu pai e eu depositaremos uma maior quantia para esses fins e para você passar os dias enquanto estivermos fora.- beijou-me a testa
-OK. Boa viagem.- ela sorriu para mim, colocou uma mecha de meu cabelo atrás da minha orelha e saiu do quarto.
Ouvi toda correria dos dois, as malas descendo as escadas, o porta-malas do carro sendo fechado e por fim, o carro deixando a casa. Senti um certo alivio, poderia ver Joseph tranquilamente. Olhei no relógio e ainda eram 09hrs da manhã, dormi pouco porém o suficiente para não me sentir cansada. Tomei café da manha e subi para meu quarto para pesquisar algumas republicas ou apartamentos individuais em Nova Iorque.
É obvio que eu dei mais atenção á apartamentos. Nunca fui uma garota sociável, sempre preferi a calmaria a badalação. Sinceramente, acho que nunca tive amigas de verdade para ir ao shopping, para falar de maquiagem, dormir uma na casa da outra etc, então tenho certeza de que não me adaptarei bem em republicas festejas e garotas gritando por causa de uma abelha.
Depois de muita procura, selecionei 4 apartamentos aos redores do campus da faculdade. Amplos, bem separados e com uma vista maravilhosa. O aluguel era caro, mas nada que fugisse do orçamento dos meus pais. Quero um apartamento que caiba minha família, Joseph e sua família quando forem me visitar, que tenha espaço para meus livros, que seja aconchegante nos dias frios e arejados nos dias mais quentes. Salvei os 4 e deixei de lado por um tempo.
Era hora de separar a documentação para a inscrição burocrática da universidade. Separei os documentos que estavam descritos no site, preenchi os formulários online e na hora de enviar: SURPRESA. Não havia opções de enviar online. Achei que fosse algum problema com o site, então liguei no numero disponível .
- Universidade Estadual de Direito de Nova Iorque, bom dia.
- Bom dia. Bem, eu fui aceita mas não consigo enviar o formulário online. Acho que o site está com algum problema. Pode me passar algum email ?
-Infelizmente não, senhorita. A matrícula deverá ser feita pessoalmente no campus II da faculdade até a próxima semana, caso contrario, a vaga será cedida a outro candidato.
- O que? Não posso ir a Nova Iorque.
- Sinto muito, senhorita. Posso disponibilizar sua vaga?
-Não!
- Em que mais posso ajuda-la?
- Em mais nada. Obrigada
Desliguei.
Como eu vou para Nova Iorque? Como irei sozinha?
Se bem que seria bom. Poderia conhecer os apartamentos, esfriar a cabeça. Comecei pesquisar valores de passagens aéreas e o saldo da minha conta bancaria. Felizmente meus pais já haviam depositado minha mesada e mais dinheiro como minha mãe havia dito. Feito. Irei a Nova Iorque. Comprei passagem para amanhã a tarde e reservei um quarto de hotel. Entrei em contato com os responsáveis pelos apartamentos e marquei uma visita.
Guardei os documentos em uma pasta para levá-los a faculdade amanhã. Separei algumas roupas e coloquei na mala, já deixei tudo arrumado.
Olhei no relógio e já eram quase 13hrs, estava faminta. Tomei o café da manha e fui me arrumar para ver Joseph.
Saí de casa faltando 10 min para o incio do horário de visitas. Quando cheguei, seus pais já estavam no quarto.
-Boa tarde! – eu disse sorrindo
-Boa tarde Dem!
Me dirigi até Joseph e beijei-lhe a testa. Ainda estava cheio de aparelhos e pálido.
-Como ele está?
-Estável. Mas teve muita febre a noite, terá que receber sangue, e a nova tomografia indicou um possível coagulo cerebral. Precisamos aguardar o resultado dos novos exames para termos certeza.
Ah não, outra vez não.
-Mas tenho certeza de que ele ficará bem.- disse a mãe de Joe sorrindo para mim e pegando em sua mao.
-Vamos querida, acho que a Demi quer ficar um pouco sozinha com Joseph- Disse Paul, puxando a esposa.
Eles saíram e fecharam a porta. Olhei para Joe, com a barba grande, unhas grandes, cabelo grande, pálido e ainda assim, tão lindo. Sentei na poltrona a seu lado e segurei sua mão.
-Olá meu lindo. Que susto você nos deu hem- sorri- mas sei que tudo ficará bem, você é um rapaz forte, de corpo e de alma. – nesse momento senti uma leve movimentação do seu dedo anelar, mas não dei muita bola, são espasmos- Ontem não consegui te contar, mas quero que saiba que eu consegui, passei na Universidade de direito de Nova Iorque. – Mais um espasmo, mas dessa vez foi mais forte, sorri.-Vou entender isso como aquele sorriso lindo que você daria se estivesse acordado.
Dei um beijo em sua mão.
-Joseph, eu preciso que você agüente. Preciso que você volte para nós. Nós precisamos de você. Sei que devo ter te pedido isso milhares de vezes nesse tempo todo em que você esteve aqui mas entenda agora como uma súplica. Não agüento mais ficar sem você, sem suas mensagens, sem ir tomar aquele sorvete horrível de pistache que você tanto gosta...- lagrimas escorriam- Sinto falta do seu abraço..
Encostei meu rosto em seu braço gélido e imóvel por alguns instantes até conseguir me recompor, levantei a cabeça.
-Eu vou a Nova Iorque amanha fazer minha matricula e procurar um apartamento. Queria tanto que você fosse comigo, seria tudo tão mais fácil. Por favor Joe, não nos deixe e nem apronte nada enquanto eu estiver fora.
Fui dar um beijo na bochecha de Joe, mas com a proximidade de nossos lábios, beijar sua bochecha era quase impossível. Quase que inevitavelmente o beijei . Ele era meu melhor amigo, aquilo estava errado mas sua boca era tão macia que não conseguia desgrudar nossos lábios. Uma péssima ocasião para o primeiro beijo, mas meu coração palpitava mais forte a cada segundo ali.
-Desculpe Joe!
Saí correndo de lá, Kevin tentou me acompanhar mas eu precisava ficar sozinha. Aquilo foi estranhamente bom mas completamente errado..


CONTINUA..

7 comentários:

  1. Adorando, posta logo, bjs!

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  2. Eu estou amando a fic e pelo amor de Deus posta logo ❤😚

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  3. Amando sua fic,muito interessante,joe precisa acordar logoo
    Parabéns pelo blog e posta logo rs

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  4. beijo jemiiiiiiiiiiii ♥
    fiquei feliz com isso. ♥
    joe PRE-CI-SA acordar logo ♥

    mds ♥

    poxta logo guria

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  5. adorei seu blog,espero que continue postando,vou acompanhar e atualizar sempre 😊



    PS:tem como você divulgar meu blog?Se não tiver sem problemas,mas se você conseguir eu ficarei muito agradecida 😊

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  6. continua logo pelo amor de deus

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